Partimos, sem rumo, na estrada campestre Coberta, nas bermas, por grandes arbustos As sombras da noite luziam, nos sustos Formando, no chão, um desenho rupestre Rocei-me em teu peito, com cheiro silvestre Sentindo a bonança que sentem os justos E fomos contentes, sem penas nem custos Mas, sempre, à procura do éden terrestre Chegamos, por fim, à casa onde nós À pressa rasgamos, das vestes, o cós Que muito apertava os desejos em chama Da colcha que espera suspiros na cama Peguei tua mão e senti os teus olhos Despirem as rendas, que ornavam os folhos Da colcha que espera suspiros na cama Que muito apertava os desejos em chama