A cama a rir pra mim nesse desdém Feliz por se encontrar toda engelhada E até a velha colcha desbotada Caída pelo chão, como refém Apenas um lençol cumpre e mantém A sina do colchão, cor nacarada Em tom de Lua cheia prateada Na hora do silêncio de ninguém Acordo a noite escura em meu abrigo E preso na saudade, só contigo Minha alma sempre calma não reclama Meu corpo já cansado, mãos doentes Abraça a confusão dos meus poentes Deitando-se no riso dessa cama