Dentro do seu peito há vais e ventos Haja o que houver É melhor manter seus olhos atentos Ruas pra roer Esquinas pra dobrar Espelhos pra se ver, feras pra domar Dentro de você Sempre vão caber cidades E silêncios Saia por aí, corra até voar Deixa o Sol cair sobre o sal do mar Não fale de mim Se é pra me queimar, já tenho Meus próprios Incêndios Colha os meus delírios Muito além dos olhos Troque os seus colírios Leve os seus relógios Livros, mãos, pedágios Seus armários E os vestígios De tudo, enfim Não há Não, não há Não há mais lugar pra nós Não, não há Não há Não há mais lugar pra nós Em mim Não há Não, não há Não há mais lugar pra nós Não, não, não há Não há Não há mais lugar pra nós Em mim