Esta noite parecia Abrir a porta da mente Puxei a maçaneta Com os arquivos Contendo emoções Guardadas na gaveta O que outrora era lindo Parecendo enfeite Terminou tipo tragédia Queimado no incêndio De um antigo palacete Nesse mês de setembro É de você que quero recordar Tudo que foi abandonado Como papel ao relento Apagando a carta escrita Calando toda palavra dita Se perdendo na vida Como um barco Ao vento, à deriva Quando olho pros cantos Coração vai querendo Cair em prantos Mas nem tendo forças Pra derrubar lágrima De todo sentimento Não haviam mais lembranças Me sentindo perdido Por dentro, tipo Pesadelo de criança Queria contigo Novamente tudo viver Era ausência de Algo a enternecer Meu mundo não Tinha mais cores Parecendo filme mudo Cheio de dores Era sofrer por Lembrar do pretérito Ou pensar no futuro Queria esquecer tudo Que fechasse o olho E visse tudo escuro Nesse mês de setembro É de você que quero recordar Tudo que foi abandonado Como papel ao relento Apagando a carta escrita Calando toda palavra dita Se perdendo na vida Como um barco Ao vento, à deriva Quando olho pros cantos Coração vai querendo Cair em prantos Mas nem tendo forças Pra derrubar lágrima Como pode ficar assim? Olha e responde pra mim! Isso tudo é um absurdo Se falo, você finge de surdo Eu ouço e penso na Resposta, mas não sai Parece que sou mudo A razão, quando cala Não adianta tentar Que tudo te abala Não importa o período É da penumbra à aurora O que fez parte da minha vida Tudo está em ruínas Tudo vazio em casa Não vejo pessoas nem mobília Quero voltar à estaca zero Enfim, amar, perdoar Ser amado e perdoado Em um mundo sem Feridas ou orgulho Nesse mês de setembro É de você que quero recordar Tudo que foi abandonado Como papel ao relento Apagando a carta escrita Calando toda palavra dita Se perdendo na vida Como um barco Ao vento, à deriva Quando olho pros cantos Coração vai querendo Cair em prantos Mas nem tendo forças Pra derrubar lágrima