Caminhos que levam ao rumo do nada Coxilhas, picadas, sem paradouro Sou casco de mouro, sou rastro e manada Pealando invernada, léguas de dor Acena a cigarra, o pealo me agarra O sonho tropeça nos pés de um piazito Troteando solito num poncho de ausência Perdi a querência em meu estradear Trilhei descaminhos com botas de vento Dormi ao relento à luz do luar Querendo voar, soltei minhas rédeas No lombo das nuvens tentei galopar O sol teatino que às vezes me some Parece uma ponte, um rumo a tomar E o meu andejar tão lerdo e sereno Embora os apegos, não pode parar Não pode parar Trilhei descaminhos com botas de vento Dormi ao relento à luz do luar Querendo voar, soltei minhas rédeas No lombo das nuvens tentei galopar