Num bate coxa grongueiro quando tem gaita e pandeiro Sou taura loco de bueno, metido a sebo e carancho Gosto dum baile de rancho cheirando a garra e mangueira E de atropelar lua cheia em retorcida e fandango Meu cantochão é a cordeona que se desdoma escorada Conforme a volta da armada e o coração do gaiteiro Quem amadrinha é o pandeiro, mas quem dá forma pro verso É o contracanto do resto com alma de bochincheiro Atraca pandeiro véio que a farra mal começou E o pealo se acomodou nos olhos duma morena Que anda loca de cheia no golpe da oito soco Fincando o facão no toco, flor de caborteira Nos quatro cantos da tasca, à meia luz do bailongo A concertina dá o troco abrindo os tarros de golpe E no abre e fecha do fole, quando o pandeiro se lava Até o gaiteiro se embala tocando a trote e galope Enquanto vou me entretendo no toque da botoneira A alma aperta a peiteira no resmungar das choronas Me agarro com as redomona e pouco importa o sinuelo Pra me tirar do rodeio, só terminando com a zona