Milonga Amarga

Mauro Moraes

Composed by: MAURO MORAES
Depois de matear com uns amigos,										
Deixei minhas tristezas maneadas										
Lá onde o coração se conforta										
E nunca falta um violão na conversa.										
O brabo é aceitar a idéia da perda,										
Permanecer fiel a esse amor,										
Sem derramar uma lágrima à toa,										
Limpando o pátio com a baia vazia.										
E a quem importar quanto me doa,										
Vou dando bóia às galinhas...										
										
Os lugares que me viam abatido,										
Sujeito estranho, um olhar distraído,										
Não imaginam fazendo o meu momento,										
Povoando a alma com a rima no ouvido.										
Estendemos juntos os arreios à sombra,										
O campo até parecia diferente...										
Olhava em frente e nada faltava,										
Como era mesmo o tempo da gente...										
Toca vidinha uns "troço", à gosto,										
Que eu faço gosto escutar...										
										
Sou feliz porque assim deve ser,										
Buscando em tudo urgência e prazer.										
A vida é o livro, o poeta, o peão,										
O patrão, a vítima, o ladrão...										
Conforme a perda e a espera, ah! quem me dera										
Mapear o verso com a cara do mundo,										
Eu sei no fundo o resto é pouca miséria										
Pra quem mobilha o galpão...										
(Lá no coração do pampa, 										
Por quem se ama, eu ando louco de atar...) Bis
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