Terra fértil, água e mato, fruto e flor, alvorecer Vasto pampa, vasto e vasto, eu gosto de te querer. Mas vê que o rumo do rastro de um povo que quer viver De ti me afasta e me afasto pra plantar e pra colher... (Vida, vida, vida, vida não é tempo gasto) Bis Bis Bis Eu olho a lua na estrada e perco o sono saudoso, Do gôzo da fêmea amada, do passaredo no toso, Das tardezinhas serenas, da roça plena de milho, Do berço à espera do filho, do por-de-sol feito estampa, E acho que a lua no pampa acampou no meu exílio... Eu olho a lua na estrada e abraço a luz que me ilude, Com febre de juventude, perfume de madrugada... Retorno à terra que eu tinha, caminho o tempo ao avesso, Passo a esquecer que envelheço e lembro que há quem me queira. Acho que a lua pampeira noivou comigo em silêncio...