Aí na Terra, as bem-aventuranças São o sonho que o Espírito agasalha Mas, mesmo após a morte, a alma trabalha Buscando o céu das suas esperanças Muita vez, quando pensas que descansas Além te espera indômita batalha Onde o suposto gozo se estraçalha Sob o guante acerado das provanças Para cá do sepulcro a dor antiga Que nos traz o desânimo, a fadiga Sob a luz da verdade se atenua A febre das paixões desaparece O Espírito a si mesmo reconhece Mas a luta infinita continua