Não te proclames inútil Porque te falte vintém O amor espontâneo e puro É a fonte de todo o bem Se o desejo de ajudar É a força com que te afinas Resguarda-te na humildade Olha as coisas pequeninas Toda delonga no auxílio É como luz que se atrasa Na exaltação do melhor Começa da própria casa À queixa dos entes caros Traze a bênção da esperança Suporta com paciência O choro de uma criança Se um parente vive errado Dá-lhe à vida, estranha e louca A prece no sentimento E a caridade na boca Lava o prato que te serve Compõe a roupa da mesa Toma a vassoura e protege A formação da limpeza Na indiferença da rua Por mais pressa em teu caminho Estende o braço ao enfermo Que segue triste e sozinho Atravessando a calçada Coopera em favor do asseio E desloca todo entrave Que perturbe o passo alheio Estira a semente amiga No extenso lençol do chão Envolvendo a própria estrada Em vida, perfume e pão Articula, onde estiveres Verbo doce e cristalino Duas frases de bondade Elevam qualquer destino Não olvides que Jesus O Mestre da Redenção Trouxe a luz do Céu à Terra No ouro do coração