Ideias vêm correnteza a baixo com o seu fluido Já não to mais aqui quando eu for esquecido Lembranças na cabeça trazem culpa Existência passageira, sinto a morte respirando na minha nuca Por isso recapitulei minhas ações Quando eu partir quero ficar nos corações Afastei, me revisei a sós Quando se vê problema em tudo, o problema pode estar em nós É uma questão de autoconhecimento E eu tento viver o momento Descobri com tempo que tenho problema com as horas Pelo fato de eu ser calmo e ela estar sempre correndo Ambição, frustração Sentimentos vem e ficam com o vento O ser humano é complicado Burguês quer ser ladrão, dinheiro não é a questão, e sim ser respeitado Pra assinar contratos assassinamos a natureza Na mesma proporção em que a cidade cresce Sinto florescer a malícia que sufoca a pureza Conforme envelheço e meu coração endurece Alma adoece, sou o monstro e o médico Procuro a cura entre a selva de prédios Deserto, finge ta perto, propaga as trevas Quem diria? Você confia, te passam a perna Selva moderna, terra de caos Perdido vagando entre hospício e hospital Fortifico o espiritual, tempos remotos Busco a luz em meio a lama igual flor de lótus Muita ilusão, onde se perdeu meu eu Talvez ser muito emotivo seja o meu maior erro E talvez seja meu erro ser muito emotivo Se vacilar essa porra ainda é o motivo do meu enterro Não, to precisando de um conselho Busquei quem ta comigo e só achei no espelho Rolê é bom, mas rola muita falsidade Vários que apertam sua mão somem na necessidade Pareço irônico? Talvez Ainda escondo atrás de piadas a minha timidez Mas to focado Pra que minha história seja um filme do Tarantino com um preto emancipado E quero ver fazer o que foi falado Atrás de um computador todos são homem pra caralho Grupo de boy loco de bala, forçado Bando de emocionado Quem não deve não teme, não treme diz o ditado Confio nem na minha sombra, muito menos em quem ta armado Família de preto, vestindo preto nas favelas Querem apagar nossa luz pra que a família acenda velas Mantenho a disciplina, atitude consciente O verdadeiro som das rua é o mal descarregando o pente Família de preto, vestindo preto nas favelas Querem apagar nossa luz pra que a família acenda velas E eu ainda penso nelas Família de preto, vestindo preto nas favelas Família de preto, vestindo preto nas favelas Querem apagar nossa luz pra que a família acenda velas