Vejo você sem olhar Eu te enxergo, no óculos de um camelô Da boa vista, no céu do quintal do inferno No outdoor moderno que ninguém vai ver Vejo você sem querer No panfleto que eu pego e que nunca vou ler Na previsão do tempo, nessa nota lá Pra onde quer que eu olhe, eu enxergo você Como se fosse a dublê De tudo que existe Que se meu olho não vê Se fecha de triste Vejo você por aí Em todo canto, dentro da boca, sim Ao fim do mundo, do sentimento profundo Ou da superfície, que eu disse não ver Vejo você na TV Na capa da revista que ninguém vai ler Na previsão do tempo, nessa nota 'dó' Pra onde quer que eu olhe, eu enxergo você Como se fosse a dublê De tudo que existe E se meu olho não vê Se fecha de triste Como se fosse a dublê De tudo que existe (de tudo que existe) Que se meu olho não vê Se fecha de triste