A Penúltima Odisseia

Marturinhas

Composed by: Marturinhas
Encontrei enterrado na praia
Numa tarde pacata de domingo
Um segredo jamais revelado
Para manter a boa fama do Olimpo

Envolve paixões e armadilhas
Juramentos e traições
E o orgulho e a vingança
São os principais vilões

A aeromoça de nome Helena
Os olhos de Zeus encanta
Mas é Matheus, filho de Hefesto
Quem ela realmente ama

Então o poderoso rei dos céus
Faz cair um raio sobre Matheus
Para que o coração de Helena
Seja completamente seu

O Deus não entendeu
Que ele nunca lhe pertenceu

Daí Zeus disfarçado
Consegue a moça conquistar
Mas Hefesto não gostou nada
Dele seu filho favorito matar

O ferreiro então pede a Hades
Para reaver a alma de Matheus
Mas o Deus dos mortos lhe aconselha
A ferir o orgulho de Zeus

Hera, mulher de Zeus
Lhe era extremamente fiel
Se seu pai fosse traído
Seria um bom castigo para o Deus dos céus

Mas devia guardar isso pra si
Pra deboche particular seu
Pois se descobertas suas ideias
Aguentaria assim a fúria de Zeus

Uma tragédia imortal
Estava prestes a acontecer

Daí lembrou-se que Henrique
Era encantado por Hera
Convenceu-o a entrar em seu plano
E escreveu uma carta pra ela

Fez pra Henrique um disfarce
Que a seu pai lembrava
E a carta assinada com nome de Zeus
À Hera assim falava

Me encontre no mais novo hotel
Na sua total forma humana
Se tiver uma noite de amor comigo
Rejeitarei uma certa dama

A deusa muito animada
Nem se deu trabalho de refletir
Foi imediatamente ao hotel
E encontrou o farsante ali

Quando se é mortal
A gente faz tudo por amor
Não tem-se a eternidade
Para pedir desculpas

Os deuses fazem loucuras
Em nome do amor
Mas, para eles, é impossível
Entender tantos sacrifícios

Tem loucuras que os deuses
São incapazes de entender

Era idêntico a Zeus
Seu eterno amor que lhe traía
Entregou-se a Henrique
Caindo bobamente na armadilha

Depois Afrodite fofocou
Que naquele dia avistara
Zeus com sua amante
Que um filho dele esperava

Vendo a armadilha em que caíra
A rainha dos céus se desesperou
Foi pedir satisfações a Hefesto
Que a verdade lhe confessou

Hera estava grávida
Do mortal que lhe enganou
Sumiu vários meses do Olimpo
E na casa de Henrique a menina deixou

Pobrezinha da garota
Que cresceu sem o seu amor

Divórcios em todo o mundo
Advinham da angústia de Hera
Enquanto Laura, sua filha, crescia
Com poderes jamais vistos na Terra

Ela e dois semideuses
Foram por sátiros descobertos
Um era o filho de Helena
O outro filho de Hefesto

Entrando no mundo grego
É lhes oferecida uma missão
Cheia de monstros e enigmas
Onde Laura surpreende então

A menina carrega poderes
Jamais vistos em um semideus
Fofocas no Monte Olimpo
Abrem os olhos de Zeus

E a fúria imortal
Só o amor pode conter

Então Zeus pede a Lucas
Também integrante da missão
Que lhe ajude na vingança
Contra o fruto da traição

O menino de início aceita
A proposta que Zeus lhe faz
Mas Laura não era culpada
Por que ajudar o pai?

Aliás, Laura era sua amiga
E dona de imensa doçura
Delicadeza e beleza
Que encantavam Lucas

Já Laura viu no amado
Muito mais que uma amizade
A força daquele rapaz
Fez com que ela se apaixonasse

Quando se é mortal
A gente faz tudo por amor
Não tem-se a eternidade
Para pedir desculpas

Os deuses fazem loucuras
Em nome do amor
Mas, para eles, é impossível
Entender tantos sacrifícios

Tem loucuras que os deuses
São incapazes de entender

No meio da missão
Começaram um romance secreto
Mas Laura era tão perfeita
Que encantou até o filho de Hefesto

Guiado por um ciúme doentio
Lucas decidiu ajudar o pai
Se Laura não fosse sua
Não seria de outro jamais!

Disse à Laura que Zeus
Pretendia matar Henrique já
Pois ela era filha de Hera
O Deus queria se vingar

A menina saiu da missão
Para defender o pai
Quem seria ela contra um Deus?
Isso não importava mais!

Ousadia e coragem
Sempre vêm dos mortais

Aí Lucas parou pra refletir
Que não podia deixar acontecer
A morte de quem amava
Como pode enlouquecer?

Sabendo como era a vingança
Protegeu a sua amada
Para loucura de Zeus
Morreu no lugar de Laura

A menina desesperada
Convenceu Zeus a perdoar Hera
E jogou-se do precipício
Que tragédia foi aquela!

Zeus imortalizou seu filho
Transformando-o em uma árvore
Ah! Laura com suas palavras
Acabou com o plano de Hades!

E a intriga imortal
Não conseguiu prevalecer

Hades ao aconselhar Hefesto
Perfeitamente sabia
Que a traição de Hera
O Olimpo dividiria

Assim derrubaria Zeus!
Já era seu plano cobiçado
Por seu heroísmo, Laura
Foi transformada em um lago

Que irriga a árvore de Lucas
Fazendo que nela nasçam frutas
Que curam por meio do amor
Qualquer mágoa ou angústia

Guiando Lucas à morte
Afrodite nos mostrou
Que certos atos de heroísmo
São feitos em nome do amor!

Quando se é mortal
A gente faz tudo por amor
Não tem-se a eternidade
Para pedir desculpas

Os deuses fazem loucuras
Em nome do amor
Mas, para eles, é impossível
Entender tantos sacrifícios

Tem loucuras que os deuses
São incapazes de entender

Quando se é mortal
A gente faz tudo por amor
Não tem-se a eternidade
Para pedir desculpas

Os deuses fazem loucuras
Em nome do amor
Mas, para eles, é impossível
Entender tantos sacrifícios

Tem loucuras que os deuses
São incapazes de entender
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