Escrevo para mim, pra todos como um só Peço perdão se magoei, alguém ao meu redor Só um minuto, pra eu fechar a janela, que já vai escurecer Como venta forte aqui Será que alguém se importa, nem param pra ouvir Tantos olhares que ignoram, se afastam daqui Só imagine, como dói ser invisível, e deixar de existir Dentro da multidão Converso com as paredes, elas sabem me ouvir Está tão tarde e eu cansei, anseio tanto um fim Queria tanto, que isso tudo fosse apenas, um desses sonhos ruins E poder acordar As pequenas, felicidades incertas, delírios coletivos Conflitam nos meus sonhos, assombram minha alma Demônios me rodeiam, desesperos me viciam Alimentam meus fantasmas, refletidos na janela Ainda estou aqui Procuro esperança, nos lugares sombrios Em meu quarto escuro e cinza, meu mundo é tão vazio Se foram tantas primaveras já nem lembro, a meses não faz Sol Está tão frio aqui Me perco em pensamentos, estou a adormecer Me desfazendo em conta-gotas, sentindo a falência Num silêncio, resta o grito de socorro, estilhaços pelo chão Ainda estou aqui E as pequenas, felicidades incertas, delírios coletivos Conflitam nos meus sonhos, e assombram minha alma Demônios me rodeiam, desesperos me viciam E alimentam meus fantasmas, refletidos na janela Ainda estou aqui A vista do horizonte não se abriu, nem o Sol veio me visitar Não basta a janela se abrir, é preciso aprender olhar