O amor é um falso brilhante. O amor é um disparate. Na mala do mascate macacos tocam tambor. O amor é um mascarado: a patada da fera na cara do domador. O amor sempre foi o causador da queda da trapezista pelo motociclista do globo da morte. O amor é de morte. Faz a odalisca atear fogo às vestes e o dominó beber água-raz. O amor é demais. Me fez pintar os cabelos, me fez dobrar os joelhos, me faz tirar coelhos da cartola surrada da esperança. O amor é uma criança. E o mesmo diante da hora fatal o amor me dará forças pro grito de carnaval, pro canto do cisne, pra gargalhada final.