Se você pensa que é legal, amigo vou te dizer O assédio as mulheres é um mal de se viver Tenho medo de sair na rua De pedir informação, homem em rua deserta eu não confio não O homem que reproduz, a fúria de um chacal, quando mata e estupra, faz cena para o capital Eu sou subjugada, humilhada e oprimida, na rotina do lar Numa jornada fadiga Somos chefes de família, mulheres abandonadas, na violência da casa pelos homens espancadas Minha trincheira é de luta combatendo a opressão Chamo os homens da classe, para fazer revolução Meu amigo não percebe que somos da mesma classe, vivemos na mesma jogada O rico quer que nos separe, estamos do mesmo lado, lado pobre e esquecido, vamos sim nos libertar, o jogo não tá perdido Por aqueles que só quer, nosso sangue, nossa fome Pelo burguês tirano e seu estado que consome Coloca para os homens, a ideia de domínio Mas nós homens e mulheres que sofremos o extermínio Então meu amigo, vamos nos juntar, nossa força é maior Pro inimigo derrotar, gerar ódio contra eles Não podemos aceitar, a violência que sofremos, precisamos logo acabar Minha luta não é em vão, luto pelas que morreram, Sandra, Elisa, outras, por um amor creram Neste mundo grosseiro, sem sua liberdade, nas garras de carniceiro, por eles propriedades Quantas Marias, Darlenes, pretas, mulheres agredidas, vão continuar assim, pelo estado desprotegida E quem apanha pelo simples fato de ser mulher, já dizia preta Lú, negra vamos fique de pé! Você vai se arrepender de levantar a mão para mim E quando somos violentadas, dizem a culpa é sua, foi sair de casa, com essa roupa quase nua, é difícil de entender que são esses discursos, reforçando ainda mais a cultura do estupro Posso sair engravatada, o assédio continua, por ter uma vacina, me julgam pela rua Se saiu de burca na rua mexem comigo, se saiu de mini saia o assédio é continuo Na praia de bikini os olhares permanecem, no metrô de qualquer roupa, todo dia acontece Acobertado no trabalho, o assédio é moral, pelo chefe e o patrão a violência é brutal