Na vida Mesmo diante de cenas tristes É preciso prosseguir Nesta canção falamos de uma boiada Chegando ao final da estrada Vale a pena refletir Caminhando Sem querer no corredor Indo para o matadouro Eu vi um gado de corte Pressionado Pelo ferrão lhes furando Investindo e refugando Sentindo o cheiro da morte Já sem voz E com os olhos marejando Eu fiquei me perguntando Se era certo ou errado Pois se o homem A vida não quer deixar Por que quer sacrificar Esse animal sagrado A boiada Vacas velhas já sem leite Boi de corte e boi de brete Tinha até um boi carreiro Caminhando Com a cabeça abaixada Talvez lembrando as estradas E o saudoso candeeiro Na pancada Que levou o boi da frente Esta cena comovente Machucou meu coração Indignado Perguntei para meu Deus Por que esses filhos seus São assim sem compaixão? Sua resposta Me deixou aliviado E lembrou que no passado Esse fato aconteceu Para salvar Essa tal de humanidade Que na maior crueldade Seu filho também morreu A boiada Vacas velhas já sem leite Boi de corte e boi de brete Tinha até um boi carreiro Caminhando Com a cabeça abaixada Talvez lembrando as estradas E o saudoso candeeiro