Como figura surgida Do ventre fundo dos anos Sua Estampa de fronteira Sacudida de minuanos Se derramava em guitarras Pelos fogões campechanos Contava até que de noite Quando solito estradeava Se o vento no alambrado Lhe desafiando assobiava Ele então de contraponto Até com o vento cantava Dizia o velho cantor No seu campeiro cantar Quem passa a vida cantando Não sente a vida passar Era o pago que encarnara Com sua baguala essência Neste campeiro quixote Que cruzava existência Palanqueando as tradições De sua velha querência Onde andará o guitarreiro Já ninguém pode saber Quem sabe se foi como vento Novos cantos aprender Quem sabe se fez guitarra Para cantando volver Nas mãos de novos cantores Num eterno renascer