Cunhatã, Ibi-guardiã, a Flor de Tupã Raiz da Jurema Tabajara, Lábios de mel, Indomável Iracema! A virgem que arrebata o invasor Instinto caçador e Ajaré Flecha que uniu dois caminhos Quebrada na fumaça do Pajé Destinos entrelaçados, repaginados Sob o olhar de Irapuã A ira do bravo guerreiro, traiçoeiro feito Acauã Pelas margens do rio, pela beira da mata Conflitos, Tacapes, o amor se afugenta Ecoa Inúbia, sangra a floresta À luz de Alencar, Poema! É noite de guerra! Refúgio onde o verde beija o azul do mar Martim em dilema! Encharca o coração de Iracema Um peso desmedido, solidão O tempo traz herança, Miscigenação E a Jandaia se cala na velha palmeira (não’aldeia) Do pranto raiou Ceará Eis o suspiro derradeiro Nasceu, Bambino Guerreiro! Sou o amor que herdei de Iracema A bravura, o branco Martim Urucum do cocar e da pena Sou Bambas, mestiço sim!