Quando o dia entardeceu E o teu corpo tocou Num recanto do meu Uma dança acordou E o sol apareceu De gigante ficou Num instante pecou O sereno do céu E a calma aguarda lugar em mim O desejo a contar segundo o fim Foi num ar que te deu E o teu canto mudou E o teu corpo no meu Uma trança arrancou E o sangue arrefeceu E o meu pé aterrou Minha voz sussurrou O meu sonho morreu (Refrão #1) Dá-me mar, o meu rio Minha calçada Dá-me um quarto vazio Da minha casa Vou deixar-te no fio Da tua fala Sobre a pele que há em mim Tu não sabes nada Quando o amor se acabou E o meu corpo esqueceu O caminho onde andou Nos recantos do teu E o luar se apagou E a noite emudeceu O frio fundo do céu foi descendo E ficou Mas a mágoa não mora mais em mim Já passou Desgastei Pra' lá do fim É preciso partir É o preço do amor Pra' voltar a viver Já nem sinto o sabor A suor e pavor Do teu colo a ferver Do teu sangue de flor Já não quero saber (Refrão #2) Dá-me mar, o meu rio A minha estrada O meu barco vazio Na madrugada Vou deixar-te no frio da tua fala Na vertigem da voz Quando enfim se cala