Acorda mata, desperta toda a passarada Deste meu sertão Que eu vou cantando a volta da primavera Com os pés na estrada É doce o ar da madrugada Eu vou pro ribeirão Reciclar a vida em águas claras Moda de viola, noite de luar Dor de uma saudade que me faz chorar Sempre a esperança pernoita num ranchinho Quando a tristeza se esquece de entrar Clarão da noite, o amor que um dia fora açoite Já não faz chorar A porteira antiga das minhas mágoas E um riso ecoa depois de uma cachaça boa Lá de conceição, suaviza a vida, fugaz, ligeira Cigarro de palha, gado a ruminar Rio, vara peixe, canoa a esperar Trabalhar a roça começa bem cedinho Na rede um preto-velho sempre há de lembrar Clarão da noite, o amor que um dia fora açoite Já não faz chorar A porteira antiga das minhas mágoas Cigarro de palha, gado a ruminar Rio, vara peixe, canoa a esperar Trabalhar a roça começa bem cedinho Na rede um preto-velho sempre há de lembrar Que eu vou voltar iê iê ê