Sob teu olhar guloso Meio réptil, meio raposa Entre mesquinho e vaidoso Nele descubro cegueira Ao camuflar-se na sombra Com tão pouco sutil maneira Quais serão, enfim, seus planos? Se queres sugar-me o sangue Faça, então, como os morcegos Me ataque durante o sono Mas não me instale pesadelos Se me amas, não duvido Se te amo, me pergunto Como seria amar o punhal Que me espreita afiado? Como nadar nessas trilhas De cações esfomeados? Como é passar na catraca Enrodilhada de espinhos? E afogar-me em teu corpo Sem cair em armadilhas...