Deusa Mas deusa densa De véu, de luz E consistência Que beija e pensa Que roça e prensa De unha mansa Fúria suspensa Deusa Mas deusa densa De carne, osso E transparência Que é como um crime Que me compensa Que não planeja Que prende e deixa É densa e deusa Curva e tesa E eu da promessa A displicência Que riso, deusa! Prosa e proeza Pressa e paciência Deusa Mas deusa densa Que não aceita Interferência Que quando sofre É a natureza Esquece e mexe Sem choro ou queixa