Ainda não sai de mim Pra saber que horas são E esse rodopio íntimo É uma forma de mudar De forma De caber em algum lugar Feito água e feito poeira O Sol se enverga na areia Não tem ninguém pra te salvar Estropos ou sereias Eu não quero reaprender a ser Eu só queria era estar Confortável em mim mesmo A gente sente tanto Respira até debaixo d’água O tempo perdido O dia esquecido Na cinza das horas A dor que molha tanto Também evapora Calma Que vai dar tempo de viver Não dá mais tempo de fazer Mais nada além Da espiral que te limita Ninguém sai inteiro da vida Mas também Não há mergulho na metade O céu fechado nos abre Numa louca tempestade Viver é a festa da alma Por não ser só poeira cósmica Somos soldados das estrelas Escrevendo as nossas histórias Ah! Que vontade de ficar aqui Só esperando o dia se despir Mas as paredes do seu quarto Não se parecem com um aquário Não tem ninguém pra te içar Dos seus relógios de Dali A gente sente tanto Respira até debaixo d’água O tempo perdido O dia esquecido Na cinza das horas A dor que molha tanto Também evapora Calma Que vai dar tempo de viver Não dá mais tempo de fazer Mais nada além Da espiral que te limita Ninguém sai inteiro da vida Mas também Não há mergulho na metade