Deus me fez assim, filho desse chão Sou povo, sou raça, miscigenação Mangueira viaja nos brasis dessa nação O branco aqui chegou No paraíso se encantou Ao ver tanta beleza no lugar Quanta riqueza pra explorar Índio valente guerreiro Não se deixou escravizar, lutou E um laço de união surgiu O negro mesmo entregue a própria sorte Trabalhou com braço forte Na construção do meu Brasil É sangue, é suor, religião Mistura de raças num só coração Um elo de amor à minha bandeira Canta a Estação Primeira Cada lágrima que já rolou Fertilizou a esperança Da nossa gente, valeu a pena De Norte a Sul desse país Tantos brasis, sagrado celeiro Crioulo, caboclo, retrato mestiço De fato, sou brasileiro Sertanejo, caipira, matuto sonhador Abraço o meu irmão Pra reviver a nossa história Deixar guardado na memória O seu valor! Sou a cara do povo, Mangueira Eterna paixão A voz do samba é verde e rosa E nem cabe explicação