Se eu chorei Foi por amor Nem saber rezar, eu sei Supliquei ao meu senhor Sem malícia, eu caí Na cilada da ilusão Como era linda, Orora Parecia uma pintura Monalisa no Subúrbio Afrodite em Cascadura Que azar eu tive! Em perder o trem Cabeça de apaixonado Quase nunca bate bem Se a barca não afunda É sorte de sofredor Meu senhor, não desempare O povo trabalhador Quem é doido, samba Faz troça da vida alheia A carteira assinada Garante Zero mil réis Ir em casa tomar banho E dormir pelas marés Quem conduz a Cantareira, Iôiô É abençoado! De cruzar essa baía E chegar no outro lado! Ai, Iáiá, que saudade da Bahia Das piadas inocentes Do povo de Salvador De matar a fome Dia e noite, noite e dia Pegando o Elevador Mas se hoje eu tô no Rio A vida eu vim ganhar Não quero ouvir ofensa Nem brincar no Carnaval E sem essa de deixar O Tio Sam estragar Por guitarra no meu samba Cantar I love you iaiá Eu vou gritar, eu vou Ninguém vai me impedir De cantar a minha gente Tão sofrida do Brasil Samba não é rumba Nem aqui, nem em Colúmbia! E Os Veados vão lotar Copacabana Para cantar Gordurinha Tem Chiclete com Banana! O vinil tá arranhado Ainda toca na memória Minha escola na avenida É agulha da vitrola Quero, quero, quero ver a confusão! De vermelho e amarelo Com a foice e o martelo Zabumba é meu coração!