Os sinos dobram A vila está em festa Enquanto todos celebram a nova aliança Itaíra vela silenciosamente sua última esperança Só agora percebera o tamanho do seu sentimento Por aquele que jamais a pediria em casamento Ela se afasta e caminha mar adentro Buscando aplacar a dor Tentando silenciar seu sofrimento Uma lágrima ao oceano carrega o peso do seu lamento As águas oscilam e reverberam o prelúdio do tormento Nas profundezas Poseidon se compadece O mar se revolta O céu escurece Os ventos sopram na imensidão Um maremoto se forma E invade a vila levando caos e destruição Em certas tardes quando o sol toca o mar Alguns dizem poder escutar Badaladas com timbres de lamentação Ecoando do abismo da desilusão