Olho no espelho e é tão difícil de acreditar Que algum dia já me desmontei tentando me encaixar Nos teus conceitos, quase todos tão desiguais Aos que eu criei imaginando as razões pra não me querer mais Pedi perdão sem motivo Pra não perder teus carinhos Me redobrei ao teu origami E te peguei esquecendo meu nome Os meus anseios declarados pela metade Interrompidos por qualquer drama que perdurava até tarde Que pesadelo, derramei com facilidade Cada segredo que qualquer um guardaria a sete chaves Quando a Lua sumia se revelava o covil solitário E o Sol iluminava meu vampiro imaginário Pedi perdão sem motivo Pra não perder teus carinhos Me redobrei ao teu origami E te peguei esquecendo meu nome Desafiei meus instintos E me percebi tão sozinho Me desdobrei ao meu origami E prometi não esquecer meu próprio nome