No cartão de procedência Pouco importa onde nasci Busquei rumo e me perdi Querência, minha querência Desde então, me chamo ausência Porque me apartei de ti Como cavaleiro andante Das léguas que caminhava Sempre que me aproximava Do sonho correndo adiante Mas me sentia distante Daquilo que procurava Quem vira mundo não para, nem, tampouco, desanima Há uma lei que vem de cima, na estrada do Tapejara Tempo que nos separa é o que mais nos aproxima Quem vira mundo não para, nem, tampouco, desanima E, nesse andejar em frente Sem procurar recompensa Fui vendo, na diferença Entre passado e presente Que a lembrança de um ausente Tem mais força que a presença Já no final da existência Saudade, tempo e distância Pra conservar a fragrância Da primitiva inocência Me tornei canto de ausência Querência da minha infância Quem vira mundo não para, nem, tampouco, desanima Há uma lei que vem de cima, na estrada do Tapejara Tempo que nos separa é o que mais nos aproxima Quem vira mundo não para, nem, tampouco, desanima Quem vira mundo não para, nem, tampouco, desanima Querência, minha querência Quem vira mundo Que vira mundo não para Busquei rumo e me perdi Querência, minha querência Pouco importa onde nasci Quem vira mundo Querência da minha infância Não para