A noite abraça a campanha Aos olhos de um fim de dia O negro escuro da noite Na querência se estendia Encerro a lida do campo E o trato com a gadaria Apeio bem na porteira Chegando na pulperia Num balcão de pulperia De cotovelo escorado Um buenas para o pulpeiro! Num saludo apaisanado A prosa se estende mansa Pra quem relembra o passado E o povo à dito em silêncio Soluça o berro do gado Num balcão de pulperia Adonde o tempo olvidou No ciclo das quatro luas A saudade aliquedou Num balcão de pulperia Atento à face entretida Se amarga a prosa com mate Que adoça o amargo da vida Se amarga a prosa com mate Que adoça o amargo da vida Dom cacho, almiro e facundo Rondando a tropa na vila Boiada de campo bueno Donde a pastagem perfila O rádio conta um aviso Que vem chegando as esquilas Vou centrar o fio da tesoura Me ajusto pra ganhar uns pila Vou centrar o fio da tesoura Me ajusto pra ganhar uns pila Pulpeiro me dá uma canha E outra pra paisanada Pra eu firmar bem o pulso Golpeando a sorte cravada Numa cancha de fronteira No rincão da flor colorada No ser solito na noite Fundo de campo e de estrada Num balcão de pulperia Adonde o tempo olvidou No ciclo das quatro luas A saudade aliquedou Num balcão de pulperia Atento à face entretida Se amarga a prosa com mate Que adoça o amargo da vida Se amarga a prosa com mate Que adoça o amargo da vida Se amarga a prosa com mate Que adoça o amargo da vida