O primeiro homem com quem namorei Era um verdadeiro pilantra Pierre Pinto Pimentel era da cidade de Pindamonhangaba E revelou-se um autêntico impiedoso Cuja perspicácia em artimanhas e pirotecnias maliciosas O transformava em um pistoleiro social Sempre pronto para perscrutar e persuadir Com suas táticas de manipulação Eu Picolina Pimenta Pires de Pirapora No início do nosso relacionamento A visão da pintura do pôr do sol no horizonte Era verdadeiramente deslumbrante ao lado dele Mas, depois de um tempo, tudo se transformou em tristeza Arrancou o pingente que ganhei e me fez chorar Ele tinha um piercing no nariz Me seguia quando eu fazia Pilates Picareta com pinta de malandro O pirralho só andava na pindaíba Percebi que o pidão era pichador Brigava por qualquer pichilinga Soube que o pirrônico era pinguço Pisoteou em meus sentimentos O pirrola não tinha piedade E, para piorar, me passou piolho Falava de pinto, pênis, piroca o tempo todo Sua fantasia era me apreciar de pijama Ele só queria pimbar. Para as piruetes Pagava pizza, cinema e pipoca Pintou comigo num pinheiral em Piauí Pioneiro em mágoas, me chamando de piranha Piloto de pisca-pisca o chamavam O Pivete não era fácil, e nem me consolava O Pitbull de puteiro caçoava dos outros Catava piaba e falava que era peixe pescado Ele tinha um pigarro persistente De tanto fumar e beber E achava que beijava bem Sua picape só andava pifada Já foi bitolado fazendo pirâmide e não deu em nada Piada sem graça? Mas eu queria acreditar que ele mudaria Sendo pioneiro dos meus sentimentos Mesmo pirracento e ignorante, eu gostava dele Agora, com ele, não tem mais piscina e nem picolé