Andejei em sonhos, pela vida afora Montado num flete, galopei lembranças Campiei caminhos pra mudar meu rumo Venci o tempo, e voltei a ser criança Fui brincar de novo, com gado de osso Domar as tristezas do tempo guri Invernar as artes de piazito novo E sovar os tentos de quando cresci Nadar nos açudes e aguas corredeiras Pescar as ausencias, em sangas de ilusão Caçar de arapucas, em taperas de medo Debulhar nos segredos, rastros de solidão A assim troteio, nesta infancia rude Vagando em sonhos, na vida tapera Cabresteio âncias de um andejador Trançando a historia, vivo minha quimera.