Onça, onça que reluz Como a noite em temporal Que mão ou olho imortal Conterá sua temível simetria? Em que profundeza ou céu Queima o fogo em seu olhar Em que parte ousa aspirar Com qual mão colher a chama? Qual martelo e qual corrente Na fornalha da sua mente Em qual bigorna e compreensão Irá forjar o pavor mortal? Quando estrelas despontaram E aguaram em choro o paraíso Surgiu um sorriso à sua tez Quem fez o cordeiro também te fez Onça, onça que reluz Como a noite em temporal Que mão ou olho imortal Conterá sua temível simetria?