Sinto como se estivesse amarrado Dentro de um saco de lixo Em uma esquina qualquer dessa cidade Ouço as pessoas e os carros passando Murmúrios num peito aflito Estou sufocado no meu próprio mundo Não quero sair Não quero ficar Não vejo sentido Só posso sonhar É sempre a estranheza Não entender Memórias Péssimas de um Lix Brás Reciclo lembranças Procuro bitucas Baú sem tesouro escondido Num sonho, garotas-cigarro roendo o meu osso (Prazer esfumaçado no ar) Traça sem sebo Maluco sem estrada Um gato sem areia na caixa Um poste velho que mija no pobre cachorro Não quero sair Não quero ficar Não vejo sentido Só posso sonhar É sempre a estranheza Não entender Memórias Péssimas de um Lix Brás