Abri a porta do rancho, o galpão, minha morada Ainda escuro, no campo, sereno na bicharada A luz, já vinha chegando, cabresteando a passarada E o Sol grande vem dos montes lamber o apojo da geada Pica-pau nas taquareiras de topete avermelhado Chaleira de água pura, nas mãos meu mate cevado Canto pro amanhecer, momento de paz, que encanta Porque molhei alpargatas nos pastos de crinas brancas