Sempre ao fim da tarde quando o sol vai indo embora Refletem na aguada lua e estrela de espora Na água do açude mata a sede e lava o lombo E ao chegar nas casas o campeiro faz o fogo Mate e prosa boa no galpão da velha estância Descansam arreios, já surrados das distâncias E ao pé do fogo onde pinga o costilhar Nasce um verso novo na guitarra a bordonear Um mate cevado recostado na cambona Um cusco do lado, e silenciar de choronas Descanso dos tauras, campeiros das sesmarias Galponeando a vida no final de mais um dia Camas de pelego forram o chão desparelho Calam-se as basteiras e o estouro dos relhos Então o silencio toma conta do lugar Só se ouve um grilo sua toada cantar Descansam os tauras campeiros das sesmarias Esperando aurora pra despertar mais um dia E empeçar a lida na clarinada dos galos Sovando os arreios no lombo de seus cavalos