Ande pelas pedras ou à beira-mar Nos passos largos de ir ou voltar Rodeado de amigos na mesa de bar Cercado de historias escritas para ficar Na companhia de quem mais ama Na garrafa vazia deitada na lama Enquanto o Sol colore a grama Na noite vazia, na ponta da chama Quando o sorriso ameaça escapulir Quando o choro não deixa fugir Tendo tudo que poderia fazer subir No desejo cortante de apenas fugir Recebendo aplausos, louvores, toda sorte Sangrando pálido a dor intensa do corte No afago carinhoso de um abraço forte Na vida se entregando fria para a morte A solidão é uma sombra Que nos acompanha e assombra A luz deixa projetar A escuridão ocultar A alegria abstrai A tristeza trai Me esquece no colchão Me beija na multidão Solidão, nunca se vai! Nunca se esvai Nunca se vai Solidão!