Um Mano que Morreu Inocente

Léo Martins

Composed by: Leonardo de Souza Martins
Difícil ligar pra quem mata um leão por dia
O tempo passou fingindo estar na mesma mania
No algoz da certidão da coragem surgiu um irmão
Um mano que morreu acreditando, lutando sem direção

Num beco sem saída, a água fria não posso esconder
Qualquer fonte de teoria, a dor não vai se calar
A rua é um espelho, reflete o que se quer ver
Mas a verdade é crua, e eu preciso respirar

Enjaulando uma besta feroz, que atropelou uma criança inocente
No presente, olho o sangue, e a culpa é presente
O tempo não apaga a dor que a gente sente
Mas a lição é dura, e o preço é permanente

Fui tão baixo que me aprofundei na camada mais sinistra
Não insista em saber os segredos que guardo, não se conquista
No jogo real da vida, os milionários são quem apostam na sorte da impunidade
A realidade mostra que sempre, o poder compra a verdade

Entre as sombras do sistema, a justiça é falsidade
Mas quem paga o preço alto é a alma da humanidade

Difícil ligar pra quem mata um leão por dia
O tempo passou fingindo estar na mesma mania
No algoz da certidão da coragem surgiu um irmão
Um mano que morreu acreditando, lutando sem direção

A fé é pouca quando não acreditamos mais na esperança das pessoas
Na certidão de óbito, o que um dia brilhou se tornou uma coisa dolorosa
O tempo apaga o brilho e a alma fica silenciosa
Continuamos com uma fé duvidosa

Apagão mental de coisas que acontecem no dia a dia
Sobriedade espiritual, mesmo estando em estado de agonia
Bom trabalho pra você, que acordou e tomou café da manhã
Sem preocupação, sem ter perdido um irmão

Ninguém sabe como fica quem luta
A tristeza do luto e uma depressão
Corrente do mal enraizada nas árvores do sistema do poder
Aqueles que podem muito fazem a mentira florescer

Entre paredes de ouro, a justiça se perde no chão
Mas a voz do oprimido ainda grita em oração

Difícil ligar pra quem mata um leão por dia
O tempo passou fingindo estar na mesma mania
No algoz da certidão da coragem surgiu um irmão
Um mano que morreu acreditando, lutando sem direção

Eu sei, eu sei, tudo pode acabar assim
No fim da glória dos desesperados encontramos o fim
Eu sei, eu sei, tudo não está bem como pensei
No fim, a verdade sempre aparece, mas é tarde demais, como sempre pensei
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