Em meio a sombras frias, eu me levanto Do esconderijo das cobras, onde o medo é canto Com a luz da coragem, eu sigo em frente Deixando para trás o veneno, sou resistente Palavras cortantes, como facas no ar O maior veneno é o que vem pra ferir Silêncios que gritam, promessas a quebrar Cuidado com o que diz, pode te consumir Quem cria cobra em casa, no calor da ilusão Mora com o perigo, na palma da mão Cuidado com o abraço, que pode machucar Quem não vê a verdade, pode se envenenar Na dor da solidão, o veneno vai se espalhar Corações silenciados, prontos pra chorar Um grito abafado, perdido na escuridão É na ausência do amor que mora a desilusão Em meio a sombras frias, eu me levanto Do esconderijo das cobras, onde o medo é canto Com a luz da coragem, eu sigo em frente Deixando para trás o veneno, sou resistente Um sussurro gelado, a confiança se rende Olhos que piscam, disfarces a vagar Como serpentes ocultas, dentro do lar Cobras na casa, traição no coração A esperança escorrega, como areia na mão O lar tão seguro, agora é um lugar De sombras e medos, onde eu não quero estar Promessas quebradas, como vidro no chão Cada ruga na alma, uma nova sensação Fui enredado em mentiras sutis Agora o abrigo é só mentiras febris Mas da desilusão, pode nascer um clamor Um novo amanhecer, um recomeço em flor As cobras se afastam, o Sol vai brilhar E o lar que eu sonho, novamente amar Em meio a sombras frias, eu me levanto Do esconderijo das cobras, onde o medo é canto Com a luz da coragem, eu sigo em frente Deixando para trás o veneno, sou resistente Criei uma cobra, em sombras me perdi Teus olhos me hipnotizam, mas eu já não sei O veneno que trazes, corroeu meu viver Senti o frio da noite, mas vou renascer Vou curar do veneno, que faz meu peito sangrar Transformar a dor em força, não vou mais me deixar Ergam-se as barreiras, se eu tiver coragem A vida é um caminho, e eu quero a viagem As marcas da batalha, já começam a sumir Com cada passo firme, aprendo a resistir Feito uma fênix ardente, ressurgindo em chamas O veneno é passado, e eu sou quem reclamas Deixar que a cobra morra sozinha com seu veneno Abandonar tudo que ela disse entorno do tempo Palavras ditas entram num ouvido e saem pelo outro Porque não me importo mais Em casa quis criar uma serpente astuta Seu olhar frio, com veneno a escuta Num beijo letal, brincou com o perigo Agora repousa, o criador ao abrigo Em meio a sombras frias, eu me levanto Do esconderijo das cobras, onde o medo é canto Com a luz da coragem, eu sigo em frente Deixando para trás o veneno, sou resistente