No sereno da primeira madrugada Em que saí pra trabalhar Foi meu batizado pr’uma vida nova Que eu não queria ter Foi no embalo da necessidade imediata de sobreviver Que na condução lotada eu embarcava para bem longe do lar Bem sabia que o mundo não me aliviaria a barra Que o tempo não espera nem tampouco para E foi por muito pouco que não me atrasei No primeiro pagamento recebido logo me identifiquei Era Jonas devorado vivo pelo peixe das notas de cem E, no embalo da necessidade de tirar de onde não se tem, é Liberdade vai de ralo, sem que eu possa aproveitar Todo dia, quando bebo meu café Pra ver se o tempo avança E salto muito além do que a perna alcança Se as perdas e os ganhos ficam desiguais Na minha balança Eu me lembro da criança desenhando Por cima dos caminhos da palma da mão Percorrendo o labirinto pra tentar chegar no coração No sereno da primeira madrugada em que saí pra trabalhar Foi meu batizado pr’uma vida nova que eu não queria ter Foi no embalo da necessidade imediata de sobreviver Que na condução lotada eu embarcava para Jacarepaguá Bem sabia que o mundo não me aliviaria a barra Que o tempo não espera nem tampouco para E foi por muito pouco que não me atrasei No primeiro pagamento recebido logo me identifiquei Era Jonas devorado vivo pelo peixe das notas de cem E, no embalo da necessidade de tirar de onde não se tem, é Liberdade vai de ralo, sem que eu possa aproveitar Todo dia, quando bebo meu café pra ver se o tempo avança E salto muito além do que a perna alcança Se as perdas e os ganhos ficam desiguais Na minha balança Eu me lembro da criança desenhando Por cima dos caminhos da palma da mão Percorrendo o labirinto pra tentar chegar no coração