Pobre do rei, fazendo lei, Passa seu tempo real. Não faz por mal. Vive a pensar. Mas não consegue acertar. Pobre do rei, lê os jornais. Pedem que faça ele faz. Pobre do rei, fazendo lei, Passa seu tempo real. Pobre do rei, chama o bufão (Quem sabe qual a razão?) E o sacristão e o capelão. Pede-lhes uma oração. Pobre do rei, nada e ninguém Sabe o que é mal e o que é bem. Pobre do rei, fazendo lei, Passa seu tempo real. Já leu todos os livros do mundo. Discutiu com seu ministério. E o mistério estava na vida, A vida lá fora, fora dali. Era só olhar na janela, ver a gente armando na grama E as crianças, pelo jardim, correndo prá mãe, pro pai, pro país. Pobre do rei, fazendo lei, Passa seu tempo real. Não faz por mal. Vive a pensar. Mas não consegue acertar. Pobre do rei, nada e ninguém Sabe o é mal e o que é bem. Pobre do rei, fazendo lei, Passa seu tempo real. Pobre do rei, nada e ninguém Sabe o que é mal e o que é bem. Pobre do rei, fazendo lei, Passa seu tempo real.