II Quando eu guardava, ao menos na esperança, Para o dia seguinte o sol de um dia, De uma noite o luar para outras noites; Quando durar contava mais que um prado, Mais que o mar, que a cascata erguer meu canto, E murmurá-lo num jardim de amores; Quando julgava a natureza minha, Desdenhava os seus dons: ei-la vingada: Cedo de vermes rojarei ludíbrio, E vida alardearão fracos arbustos Sobre meu lar de morto! A noite, o dia, O inverno, o verão, a primavera, A aurora, a tarde, as nuvens, e as estrelas, A rir-se passarão sobre meus ossos! Não importa: não é perder o mundo O que me azeda os pálidos instantes Que conto por gemidos. Meu tormento, Minha dor, é morrer longe da pátria, Da mãe, e dos irmãos que tanto adoro.