A favela venceu é o que eu ouço falar Por favor me mostre, me faça enxergar Ainda vejo pobreza, esgoto, lixo, rato Casas em ribanceiras em torno de mato Crianças, famílias que ainda passam fome Áreas indígenas que fogo consome Devastando por dias fauna, flora O pais em chama enquanto você comemora A aurora implora pelo alvorecer Que iluminai as mentes antes do entardecer Que haja tempo pra reconhecer Que o erro foi feito, que nem todos tem direito Um novo começo nos espera Não precisamos ser vítimas nessa era Chegou a hora de nos proteger Admitir, recomeçar, buscar entender Pele clara, pele vermelha, pele escura Abrir as cancelas, pra boiada de uma nova postura Ideias tem, pessoas do bem e você aí, se reconhece em alguém? Nossa busca é pelo amor Amor incolor Amor indolor Amor de valor Amor por amor Mesmo que cobre o nobre pobre Que se recobre de onde veio ainda é amor Pra alguns isso pode ser conto de fada E o ódio serve pra que? Absolutamente nada! Você implica e critica manifesto social Descomplica, se aplica, fazer desse país menos desigual O medo e o receio estão por toda a parte E esse não pode ser mais um encarte Pra nossa convivência Displicência, descaso, falcatruas e a consequência Inteligência, coerência, competência, persistência, resistência, consistência Alguns ingredientes pra nos tornarmos referência Exemplos para os nossos filhos Sem gatilhos, empecilhos, colocar as coisas no eixo, nos trilhos Esse e o sonho da maioria Que levanta bem cedo antes da luz do dia As vezes com medo, sem garantia Mas estampa um sorriso cheio de alegria Porque sabe que no fundo um dia... Poderá voar! Livre pra sonhar Livre pra sonhar Livre pra sonhar Ideias voam a mil e cem Faço os meus corre sem invejar ninguém Não sou desses que se encostam em alguém Nada contra, mas cada um sabe o que tem Não pega bem, valor não tem, conquistas sem E você diz que é quem?