Vamos a uma nova ilusão Talvez que a vida tenha um novo inicio Depois de tanto sacrifício Cai-se tudo de novo no mesmo maleficio Estou cansado de sentir remorso, culpa, medo e insegurança Talvez nunca nunca mesmo, era pra ter tido alguma esperança Todas as pessoas que conheço só aparecem para ir embora Queria nunca ter tido ideia alguma, do que é ser iludido e abandonado Já é mais do que tarde demais Olhando pra essa tão brilhante lâmina, reflito sobre o começo do final das coisas Relutantemente tudo só volta para o mesmo estado de letargia Desesperança e agonia O resumo da minha vida, se ecoa em ciclos destrutivos O que afinal seria agonia? Após tantas vezes que ja deixei o tempo ir A vida se torna uma grande espera por coisas E pessoas que nunca chegarão Já penso que algo construtivo se ergue a partir do ódio Ele sempre me liberta para cada vez mais alimenta-lo de novo Me consumindo pela raiva e uma incansável ânsia de frieza Saia de mim Como uma praga incorporada a meu ser, você nunca sai de mim Praga, nojenta, mente inútil, esquece, esse expurgo Por todo o tempo possível eu quis ficar com você, você simplesmente escolheu ir embora e me abandonar, como todas as pessoas que já conheci Você não acrescentou nada, nisso eu só perdi, meu tempo esforço e vitalidade Em uma doença, uma bulimia passional, sua, despejando suas fraquezas em mim Todos os dias eu me arrependo, de ter feito tanto A cada dia eu me forço mais, a esquecer Eu me sangro em lutas inúteis A força já não me rende mais para continuar a tentar fazer cada vez mais frustrações Que me iludem em algum dia algo sair dessa rotina tão destrutiva Já que a vida só me rende lamentações e tristezas Dela já não esperarei mais nada Não lutarei pelas pessoas, só luto por mim, pois eu sou o único que não me abandonarei e não irei deixar, me abandonar, assim, não de novo Não sei o que eu espero, nem o que eu quero Numa desolação momentânea que se ecoa várias vezes Me perco por pesamentos pesados e decepcionados Numa ironia, talvez do destino, carrego um fardo que no fundo não quero me livrar Já não se tem mais esperança, olho pra dentro e só vejo minhas partes desmontadas numa serenidade doentia ou quase sufocante Grito por dentro, grito por fora e nada nunca mudará o acontecido Acho que está na hora de encarar e deixar tudo passar Já passou na verdade ou nunca esteve parado, tudo mudou, ainda suplico à meu consciente para pensar no que isso se baseou Não teve sentido nenhum, é hora de reunir detalhe à detalhe Varrer essa angústia que tripula em minhas expressões e conclusões É tanto medo que eu tenho de hoje, a afirmação seria insanidade? Tudo foi em vão, nada valeu a pena, nem nunca valerá, isso sim é mais que certo continuo à esperar, o que eu não sei, talvez só queria acordar E ver que é mentira, qual seria a verdade? Talvez eu queira escolher uma pra acreditar, anestesiaria a dor Mas não mudaria nada de qualquer maneira