Se lembre do preto cafuso que o tempo esqueceu É o dono do braço que a sua cidade ergueu Não se esqueça que a mancha de sangue que o sol já secou É a liga da pedra da rua que o branco passou A força do peito da preta pro filho nutrir Não é feita pro preto é o branco que vai consumir A lenha no fogo estala Feijão preto o cheiro exala E os batuques evocam os deuses pra nos redimir E se o ferro quente nos marca A marca só fica na casca Pois a alma do povo ninguém poderá oprimir