Ao Sol e ao sal, pisando a areia da praia Chutando conchas no refluxo do quebra-mar Sinto a saudade mergulhar em meu peito E deixo o pensamento navegar Em que brisa tu partiste? Que maré te carregou de mim? Que nuvem, que tempestade Decretou o fim? Na paz de pescadores puxando rede Na singeleza de jangadas a flutuar Na luz do dia refletida nas ondas A tua imagem sempre vem me afogar Em que canto de sereia Me envolveste, meu amor Pra deixar-me, assim, na areia Mais peixe que pescador?