O homem que inventou a dúvida E encontrou a existência da incerteza Foi ele quem criou o ponto de interrogação Ficou sem ação Ao falar do que sentia Como não sabia Então escrevia E no final, colocava um ponto de exclamação E aí então Percebeu que, com dois pontos Ele podia dar exemplos da sua agonia Da sua completa solidão Da sua solidão Nas páginas que a gente escreve Coisas que só a gente entende Coisas que só se sente Em gente que nunca esquece A gente, às vezes, só pede Alguém que nos deixe leve Gente que entenda a gente Alguém que entenda o que a gente sente