Era uma morena fatal, que cruzou meu caminho Olhar afiado, nunca estava sozinha Tentei de todo jeito me aproximar Mas ela ria, dizia: Nem tenta, rapaz Oh, morena, mulher de olhar sem igual Que fez desse velho bluseiro, um sentimental Me enfeitiçou com seu jeito, tão cheio de marra E eu, só um homem, preso na sua garra Nas noites do bar, tocando o meu blues Ela sentava ao fundo, fingindo desinteresse e luz Mas eu via o sorriso no canto do lábio O jogo dela, eu sabia, era sábio Oh, morena, mulher de olhar sem igual Que fez desse velho bluseiro, um sentimental Me enfeitiçou com seu jeito, tão cheio de marra E eu, só um homem, preso na sua garra Mas eu sabia, ah, eu sabia que cedo ou tarde Essa morena misteriosa baixava a guarda E quando ela veio, com aquele olhar Eu soube, baby, que era meu lugar Então ela se entregou, sem mais resistir Morena fatal, não pude me impedir de sorrir Tocamos juntos, o blues nos uniu Era ela quem eu esperava, do começo ao fim Oh, morena, mulher de olhar sem igual Que fez desse velho bluseiro, um sentimental Me enfeitiçou com seu jeito, tão cheio de marra E eu, só um homem, preso na sua garra Agora ela dança ao som da minha canção Morena fatal, que virou minha paixão E quando toca o blues, sinto seu calor Essa morena me deu o mais doce sabor Oh, morena, mulher de olhar sem igual Que fez desse velho bluseiro, um sentimental Nosso blues, nosso som, nosso jeito de amar Eu e essa morena, pra sempre a dançar