Em sua estante de papéis No escuro do quarto Letícia abria um olho de cada vez Onde os ventos respiravam Onde ventos escondiam Por trás de uma de suas janelas Por cima dos seus lençóis Não, existem correntes Não haviam cadeados Apenas portas sem trinco Quando amanheceu Encontrou-se nas palavras de um livro em branco Foi ai que encontrou seus primeiros versos Foi em si que encontrou suas primeiras lágrimas Foi ali que Letícia encontrou seu primeiro amor Em quadros sem cor Linhas se encontravam para confundir Sua mente confusa ao acordar Resolveu adormecer mais uma vez