Se foi a brasina pampa na noite de temporal, Um raio correu na cerca pra dar o pealo fatal Restaram couro e cabeça pra confortar o piazedo Mais vida pros fins de tarde, em vez de apojo bem cedo Firmando o braço de a pé, voando as horas se vão Fica a presilha de arrasto sem pretensão de tirão Sobra mão e falta laço, que até porisso se gasta Sovando a toca dos zóio do bicho que já não pasta Quem laça vaca parada Recebe mais que uma herança Deus arma todos iguais Na hora que estende a trança Escola dos laçadores Que a lida há de prova-los Pois só garantem diploma Fazendo igual de a cavalo Descaminho dos guris nos colégios do interior Não perdem dia de prova, que o vermelho tem valor Narradores de improviso toreiam a pontaria Não passam despercebidos inventos e pescarias Na volta do cavalete onde o ritual se repete O pasto rapado mostra que existe boca do brete Até quem não é da côsa manda corda e faz bonito Ter nascido enforquilhado não faz ninguém favorito